sexta-feira, 27 de junho de 2008

atabaque

A história do atabaque

Em nossas giras de Umbanda, é muito comum se ter presente o ataba­que, um
instrumento lendário e de origem afro. Esse instrumento dá ritmo e axé aos
cultos, possibilitando uma melhor incorporação e dando maior energia aos
trabalhos.
O atabaque é um instrumento Sagrado, Consagrado e Firmado por Ori­­xás e
Guias e tem uma força pode­rosa, que em uma gira faz toda a di­ferença. Para
aprendermos um pouco mais sobre o atabaque e seus funda­mentos trago algumas
informações interessantes sobre o mesmo, relacio­nado aos cultos afro
religiosos, dentre eles, Umbanda e Candomblé.
Segundo a Wikipédia, "O Atabaque de Origem Africana, hoje muito utili­zado
nos cultos aos orixás, de reli­giõ­es também de origem afro, "E na verdade o
caminho e a ligação en­tre o homem e seus orixás, os to­ques são o código de
acesso e a chave para o mundo espiritual "( Romário Itararé há 35 anos toca
atabaques e instru­mentos de percussão)
Há três tipos de atabaque: Rum, Rum­pi e o Lê. O Rum é o atabaque maior, o
Rumpi seria o segundo ataba­que maior, tendo como importância responder ao
atabaque Rum, e o Lê seria o terceiro atabaque onde fica o Ogã que está
iniciando ou aprendiz que acompanha o Rumpi. O Rum também é usado para
dobrar ou repicar o toque para que não fique um toque repetitivo. Importante
saber que cada atabaque tem suas obrigações a serem feitas, pois o atabaque
praticamente repre­senta um Orixá.
Existem vários tipos de toques, Angola que se toca com mão e Ketu que se
toca com a varinha. Na Angola existem vários tipos de toques, onde cada
toque é destinado a um Orixá, por exemplo, Congo de Ouro, Angolão que seria
desti­nado a Oxossi, Ygexá que seria destinado a Oxum, etc. O mesmo acontece
com Ketu, que se toca com varinha de goiabeira ou bambu, chamada aguidani.O
couro também mere­ce cuidados, como passar dendê e deixar no sol para que
ele, o couro, fique mais esticado e possa produzir um som melhor.
Um Ogã seria como um Tatá da Casa e na maioria das vezes seu conhecimento é
quase superior a um Zelador de Santo. Para ser um Ogã não basta saber tocar,
e sim, saber o fundamento da Casa, sali­entando que saber o canto na hora
certa, é de gran­de importância para um Terrei­ro.
Existem também outros tipos de componentes que se usam junto com os
ataba­ques, como por exemplo, o agogô, chocalho, triângulo, pandeiro, etc.
Existe também o Abatá, que seria um tambor, com os dois lados com couro, que
se usa muito no Rio Grande do Sul e na nação Tambor de Mina.
Os tambores começaram a apa­recer nas escavações arqueológicas do período
neolítico.
O tambor mais antigo foi en­contrado em uma escavação de 6.000 anos A.C. Os
primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore
oco. Es­tes troncos eram cobertos nas bor­das com peles de alguns répteis, e
eram percutidos com as mãos, depois foram usadas peles mais resistentes e
apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde,
assim como a variedade de tamanho.
De origem africana, o atabaque é usado em quase todos os rituais
afro-brasileiros, típico do Candomblé e da Umbanda e de outros estilos
relacio­nados e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na
música ritual e religiosa são empregados para evocar os Orixás.

Por Marcos Vinicius Caraccio

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